maio 12, 2006

MENINOS, EU VI!

Eis os personagens do livro que não foi escrito: Woody Allen, Mikhail Gorbachev, Margareth Thatcher, Paul McCartney, Yoko Ono, Princesa Diana.


Peço licença aos sócios do meu restritíssimo clube de leitores para escrever na primeira pessoa. Faço um passeio anárquico pelo Museu da Memória, em busca de personagens que cruzaram o caminho do repórter. Todos foram protagonistas de cenas de bastidores – que ficaram de fora das reportagens. Folheio mentalmente a minha Pequena Enciclopédia de Celebridades – um livro que jamais foi escrito. As imagens, nítidas, vão se sucedendo. Ei-las:

ALLEN,WOODY

A máquina de relações públicas da distribuidora encarregada de lançar um filme de Woody Allen oferece uma entrevista exclusiva com o ator e diretor, na suíte de um hotel plantado às margens do Hyde Park, em Londres. Tento ser britanicamente pontual: chego na hora. A assessora me leva para uma ante-sala. Vai embora. Um minuto depois, chega o astro. É igual ao que se vê no cinema: tímido, esfrega as mãos enquanto fala, olha para o chão, solta tiradas geniais. É pálido como um boneco de cera. Pergunto se ele admira algum brasileiro. Tenho certeza de que Woody Allen – fanático por esportes – vai citar Pelé ou Romário ou Ronaldinho. Quebro a cara. Allen se declara apaixonado por Machado de Assis. Ganhou de presente uma versão inglesa de Memórias Póstumas de Brás Cubas. Lá pelas tantas, diz que precisa fazer um filme atrás do outro, para não olhar para a “nuvem negra” que paira vinte e quatro horas sobre seus ombros – a morte. Tento consolá-lo. Digo que os filmes que ele faz serão estudados daqui a 50 anos, nas cinematecas. Woody Allen responde que não quer a imortalidade no futuro. “Quero agora, já, no meu apartamento”. Infelizmente, não posso ajudar.

ONO,YOKO

Yoko Ono dá uma longa entrevista para falar sobre a exposição que fará em Brasília. São instalações de vanguarda – obras de arte que jamais serão degustadas pelo povaréu. O assessor (que também é namorado da viúva mais famosa do mundo) controla o tempo da entrevista. Fez-se um acordo prévio: nada de perguntas sobre vida pessoal. Deixo para o final uma pergunta sobre Lennon. Yoko Ono pousa a mão sobre minha perna, esboça um sorriso, diz que “numa próxima oportunidade” falará sobre o assunto. Gentilmente, dá por encerrada a entrevista. Não resisto à tentação de pedir um autógrafo. A única foto que encontrei mostra Yoko e John diante do Dakota – o prédio em que o ex-beatle foi assassinado na noite do dia 8 de dezembro de 1980. Quando vê a foto, Yoko suspira, baixinho, algo como God... (“Deus...”). Termina assinando. Por um instante, involuntariamente, devo ter trazido uma péssima lembrança à superviúva. Sorry about that.

GORBACHEV,MIKAIL

Pouquíssimos estadistas podem dizer que mudaram o mundo. Mikhail Sergueivich Gorbachev faz parte dessa confraria. Bem ou mal, ele deflagrou o processo de abertura política e econômica que virou a União Soviética de pernas para o ar. O mundo mudou a partir do dia em que Gorbachev pronunciou pela primeira vez as palavras glasnost e perestroika diante das muralhas do Kremlim.
Dizem que ele entende – e fala – perfeitamente o inglês. Mas, diante de repórteres estrangeiros, só fala russo. Faço a pergunta providencialmente traduzida por uma intérprete: “Os seus admiradores dizem que o senhor mudou o mundo”. Gorbatchev ouve com ar satisfeito. Quando a intérprete transmite a ele a segunda parte da pergunta – “mas seus detratores dizem que o senhor traiu os ideais do socialismo” – Gorbatchev franze a testa, como se estivesse fazendo um leve sinal de reprovação. Intimamente, espero pelo pior. Se estivesse de mau humor, Gorbatchev poderia acabar ali a breve entrevista. Mas não: prefere dar uma resposta aos detratores. Diz que a história, um dia, fará justiça aos que, como ele, apostaram na liberdade.
Tenho vontade de pronunciar um “absolutamente certo!” como complemento à resposta do homem, mas me contenho.

McCARTNEY,PAUL

O ex-beatle Paul McCartney, apontado pelo vetusto Daily Telegraph como o mais importante compositor de música popular do século vinte, vai dar uma coletiva no Royal Albert Hall, numa manhã gelada, em Londres, para falar sobre a peça clássica que estava lançando em disco. Faço uma combinação com o cinegrafista. Em vez de nos dirigirmos ao auditório que servirá de palco para a coletiva, ficaremos do lado de fora, próximos à entrada principal do Royal Albert Hall. Quem sabe, num golpe de sorte, não conseguimos uma declaração exclusiva do homem. Fãs capazes de qualquer sacrifício descobrem, não se sabe como, que Paul falará aos jornalistas. Lá estão elas, indiferentes ao frio de rachar, num canto da calçada, à espreita. De repente, noto que um magrelo vestido de preto começa a falar discretamente num walkie-talkie. Faço um sinal para o cinegrafista. A celebridade deve estar chegando. Um carrão preto, com vidros indevassáveis, se aproxima lentamente da entrada do prédio. Quando notam, as fãs se agitam. O carro pára. Quem desce do banco traseiro? Só podia ser: Sir Paul McCartney, recém-condecorado pela Rainha. Avanço em direção à presa, com o microfone em punho. Fãs soltam gritos. Os brutamontes – popularmente conhecidos como seguranças – entram em ação para afastar todo e qualquer intruso – eu, inclusive. Paul acena para a turba. A única declaração que consigo captar é um monossílado – Hi! – versão inglesa para “Olá!”

Em questão de segundos, ele desaparece dentro do prédio, cercado de seguranças por todos os lados. É uma luta inglória: enfrentar um daqueles brutamontes corresponde a desafiar Mike Tyson para um duelo, no meio da rua, numa manhã de inverno. Faltam-me proteínas para tanto.
Lá dentro, na coletiva, Paul aponta aleatoriamente para um ou outro jornalista – que, bafejado pela sorte, pode balbuciar uma pergunta. Supercelebridade é assim. O dedo indicador do beatle me desconhece solenemente. Fica para a próxima.
Além das declarações que o astro fez na coletiva, volto para a redação com a entrevista mais sucinta das tantas que tive a chance de tentar.
“Olá.”
E ponto final.

RAY, JAMES EARL

Depois de negociações via fax com a direção do presídio de segurança máxima, consigo uma entrevista com um dos assassinos mais célebres da história dos Estados Unidos – o homem que matou o pastor Martin Luther King. Chama-se James Earl Ray. Cumpria pena de prisão perpétua numa penitenciária em Memphis, Tennessee.
Uma pequena odisséia precede o encontro. Somos obrigados a fazer uma lista minuciosa de todo o equipamento que estamos conduzindo (fios, microfones, baterias). Depois, o guarda nos ordena que deixemos numa caixa todas as cédulas, moedas e talões de cheque que tivermos nos bolsos. O dinheiro é trancafiado num cofre. Vai ser devolvido na saída. Motivo: evitar que se faça qualquer pagamento ao prisioneiro em troca da entrevista. Depois, passamos por pelo menos cinco portões que isolam os detentos do resto do mundo. O próximo portão só se abre quando o anterior se fecha. Cercas eletrificadas completam o aparato. Penso comigo: é tecnicamente impossível escapar desse inferno. James Earl Ray chega para a entrevista mascando chicletes. Os olhos azulíssimos são espertos. O homem é articulado: fala bem, concatena com clareza suas idéias. Faço a pergunta que ele com certeza ouve há anos: você matou Martin Luther King? A resposta é sucinta: “Não”. Mas as provas são conclusivas: as impressões de James Earl Ray estavam no rifle usado para matar King em abril de 1968, na varanda de um hotel de Memphis.
Martin Luther King tinha um sonho: acabar com o preconceito racial. James Earl Ray tinha um rifle.
Termina a entrevista. Vacilo intimamente: devo ou não pedir um autógrafo ao assassino? Confesso que minha porção fútil venceu. Peço que ele autografe um livro sobre o assassinato.
James Earl Ray me deseja, por escrito, “os melhores votos”.
Resisti até hoje a vender o livro num desses leilões exóticos que povoam a Internet.

THATCHER, MARGARETH

A fila na noite de autógrafos é enorme. Margareth Thatcher, a Dama de Ferro, que entrou para a história política como a primeira mulher a governar a Grã-Bretanha, tinha sido aplaudida de pé, por pelo menos cinco minutos, pela platéia que lotara o anfiteatro no centro de Londres para ouvir suas perorações contra a excessiva intromissão do Estado na vida dos cidadãos. Encerrada a conferência, ela desaparece nos bastidores, provavelmente para irrigar a garganta fatigada por tanto discurso. Mas volta logo ao palco, para uma sessão de autógrafos. Cercada por agentes de segurança, ela troca cumprimentos formais com os leitores enquanto assina os exemplares da autobiografia. Quem consegue o autógrafo é gentilmente convocado por uma assessora a desaparecer do mapa o mais rápido possível, porque ali não é lugar de puxar conversa com a Dama de Ferro.
Penso com meus velhos botões: a hora do autógrafo pode ser, quem sabe, a chance ideal de arrancar uma minientrevista. Fora dali, Margareth Thatcher é tecnicamente inacessível, pelo menos para repórteres vindos do Brasil, esta república que, aos olhos dos ingleses, é um território quente, distante e exótico.
Chega a minha vez. Vista a um palmo de distância, Margareth Thatcher é um monumento à palidez. A maquiagem só acentua a brancura. Faz movimentos espaçados com a boca, como se estivesse mastigando ar (um espírito de porco diria que os movimentos lembram o de alguém desprovido de dentes).
Faço um pedido no instante em que ela saca a caneta para pingar o autógrafo no calhamaço: “Se Margareth Thatcher fosse definir Margareth Thatcher em uma só palavra, qual seria ela? A senhora se importaria de escrever esta palavra junto do autógrafo?”
Por um instante, os olhos azuis da Dama de Ferro me fitam, inquisidores. A fera dá a impressão de estar vasculhando mentalmente o dicionário em busca da palavra mágica. Mas a palavra mágica não vem. A Dama de Ferro diz: “Desculpe, mas não posso me definir em uma palavra apenas. Vou lhe dar o autógrafo. Muito obrigado. Boa noite”.
A mão estendida é sinal de que minha miniaudiência com Miss Thatcher estava encerrada. Dos males, o menor: volto para casa com duas frases no meu caderno de anotações.
É um avanço considerável, se comparado com o “olá!” de Sir Paul McCartney.

DIANA

Não há outro pensamento possível: fico ruminando sobre o absurdo da vida ao ver o caixão passar a dois passos de onde estou, numa alameda nas proximidades do Palácio de Buckingham, numa manhã de setembro. Há apenas uma semana, a Princesa Diana, linda, ilustrava a capa de uma revista numa foto deslumbrante em preto e branco. Agora, a Princesa é um corpo – invisível – desfilando diante de uma multidão de súditos em estado de choque. Crianças pregam nas árvores folhas de papel com mensagens e desenhos que a Princesa jamais verá. Os príncipes William e Harry caminham em companhia do pai, o Príncipe Charles, herdeiro direto do trono, logo atrás do caixão. De vez em quando, o Príncipe Charles faz movimentos quase imperceptíveis com a cabeça, como se agradecesse a presença da multidão. Cabisbaixos, seus dois filhos não tiram os olhos do chão.
A multidão não emite um ruído sequer. Só se ouvem dois ruídos. Um é o som do trote dos cavalos que transportam a carruagem fúnebre. O outro é o badalo compassado do sino da Catedral de Westminster. Com intervalos regulares, o sino enche a manhã de um som solene, triste, trágico.
A visão da multidão em silêncio, o som compassado do trote dos cavalos e o toque estranhamente assustador do sino da Catedral dão à cena ares de uma tragédia shakespeariana.
Perto dali, uma cena inacreditável: um bêbado trajando luto pronuncia palavras incompreensíveis diante da estátua de Charles Chaplin, na Leicester Square.
São onze da manhã. A conversa do bêbado com Carlitos completa a sucessão de cenas absurdas naquele setembro inesquecível.
Que segredos o bêbado terá confiado ao Vagabundo?

BEST, PETE

Não pode haver ninguém tão azarado sob o sol da sede do ex-Império Britânico. Durante dois anos, um baterista de Liverpool chamado Pete Best tocou com Paul McCartney, John Lennon e George Harrison num grupo recém-formado chamado The Beatles.
Um dia, o empresário dos Beatles chama Pete Best para avisar que, a partir daquele momento, o grupo terá outro baterista, um certo Ringo Starr.
Ironia das ironias: enquanto os Beatles conquistavam fama mundial, Pete Best amargava os dias como funcionário público numa agência de empregos de Liverpool. As tentativas de fazer uma carreira solo naufragaram. É lá que vou encontrá-lo, depois de uma primeira abordagem telefônica.
O ex-beatle me faz uma surpresa. Quando já estou na Inglaterra, ele diz que costuma cobrar um cachê por entrevistas – exatas 500 libras, o que corresponde a 800 dólares. Cumpro a exigência, para não perder a viagem.
Durante a entrevista, ele comete confidências sobre as farras homéricas que fez em companhia dos outros beatles, nas excursões a Hamburgo, na Alemanha, no início da carreira. Em companhia de Lennon, tentou roubar a carteira de um marinheiro na saída de um show num clube noturno. Fãs afoitas freqüentavam em sistema de rodízio as camas dos Quatro Cavaleiros de Liverpool, num alojamento nos fundos de um cinema decadente.
Terminada a entrevista, Pete Best convida-nos para tomar um chope num pub na Mathew Street – a ruela de Liverpool onde os Beatles fizeram suas primeiras apresentações, no célebre Cavern Club.
Lá pelas tantas, depois de inspecionar o ambiente com um olhar demorado, faz uma confissão: assim que soube que tinha sido dispensado do grupo, dirigiu-se exatamente a este pub, para tomar um porre homérico. Trinta e tantos anos depois, ele revive a cena, em companhia de um forasteiro sul-americano.
Meninos, eu vi: por um breve fim de tarde, um ex-beatle afogou suas mágoas em minha companhia, diante de copos de chope morno.
Assim caminha a humanidade.

TAGUE, JAMES

O assassinato do presidente John Kennedy, ao meio-dia e meia da sexta-feira 22 de novembro de 1963, teve uma vítima desconhecida: um passante – que só parou para ver a passagem da comitiva porque o trânsito estava engarrafado – foi ferido na bochecha pelo estilhaço de uma das balas disparadas pelo ex-fuzileiro naval Lee Oswald contra o presidente. Nome da vítima: James Tague. É citado no relatório oficial sobre a morte do Presidente.
Hoje, ele é comerciante de carros usados. Dá uma resposta afirmativa ao meu pedido de entrevista, feito por telefone. O encontro fica marcado para o único endereço que conheço em Dallas: o célebre Depósito de Livros Escolares do Texas. De uma janela, no sexto andar do Depósito de Livros, Lee Oswald esperou com um rifle nas mãos a passagem da comitiva presidencial.
Chego ao encontro na hora marcada. Como identificar James Tague?
Noto que um texano típico – devidamente paramentado com botas de cowboy – caminha de um lado para outro na calçada do Depósito de Livros. De vez em quando, me olha, como se quisesse adivinhar quem sou. Fico imaginando se aquele cowboy é o meu personagem.
Faço a pergunta: “Mister Tague?”
O cowboy estende a mão, abre o sorriso, diz que estava desconfiado de que eu era o tal repórter brasileiro que marcara o encontro por telefone.
Depois de apontar para a janela de onde saíram os tiros, caminha até uma cerca – que, segundo os crentes em teorias conspiratórias, serviu de esconderijo para o segundo atirador, jamais encontrado.
O cowboy vendedor de carros usados engrossa o coro dos que dizem que Lee Oswald foi o único assassino, mas deixa em aberto um pequeno espaço para a dúvida.
Quando pergunto se ele acha que um dia o “Crime do Século” será definitivamente esclarecido, o cowboy responde com uma palavra: “Não”.
Depois, troca cumprimentos, diz que precisa voltar ao trabalho e desaparece no começo da tarde de Dallas. Por um desses acasos que só acontecem uma vez num século, o anônimo cowboy texano foi testemunha e coadjuvante de um dos maiores crimes da história.

FRANCIS,PAULO

Sábado à tarde numa livraria em Piccadilly Circus, no centro de Londres. Folheio ao acaso livros na seção de obras clássicas de uma livraria. De repente, um tapa nas costas me assusta. Viro-me. Ei-lo: Paulo Francis. Sorridente, diz que ficou satisfeito em me ver ali, porque eu estava na única “seção que presta”: a dos clássicos.
Fico pensando que fui salvo pelo gongo. Por puro acaso, estava na seção dos clássicos, entre gigantes da literatura universal. Minutos antes, estava folheando livros ilustrados sobre futebol – obras de peso intelectual zero. Devo ter dado a Francis a impressão – errônea – de que era um freqüentador habitual da seção das obras-primas de todos os tempos. Como o equívoco era a meu favor, não me animei a corrigi-lo.
Um dia antes, Francis tinha repassado comigo uma possível lista de entrevistas que ele poderia fazer para a TV. Já tinha gravado uma com Martin Amis. Agora, faria com a escritora de romances policiais P. D. James. Animado, citei vários nomes de escritores acessíveis. Por que não fazer com Paul Johnson? Que tal J. G. Ballard – que tinha publicado há pouco um livro de ensaios? Diante deste nome, reagiu com moderação.
Ao notar meu entusiasmo na escalação de possíveis entrevistados (eu não dizia, mas, na verdade, estava saboreando ali a chance de discutir pautas com um dos meus ídolos jornalísticos), Francis fez o seguinte comentário, típico de um velho lobo certamente desiludido com o Estado Geral das Coisas:
– Você viu aquele filme Se7en? Você se lembra do que o personagem de Morgan Freeman diz no final do filme? Depois de citar uma frase de Ernest Hemingway – “O mundo é um belo lugar para viver; vale a pena lutar por ele” – Morgan Freeman diz o seguinte: “Concordo com a segunda parte”. Pelo jeito, você parece que concorda também...
Aquele foi o penúltimo encontro com Francis, o autoproclamado “lobo hidrófobo”.
A última frase que ele escreveu, no último livro que publicou (Trinta Anos Esta Noite), foi tristemente profética:
– Nos esforçamos, contra a corrente, que nos traz incessantemente para o passado. Vemos a luz verde, o futuro orgiástico, que ano a ano reflui, sempre elusivo, sempre ao nosso alcance, intangível, até que no meio de uma frase nos dêem um ponto final...

Posted by geneton at maio 12, 2006 03:47 PM

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